Os profissionais do LEC/UFPR, via PMP-BS, estão em Imbituba para treinamento com a equipe de Santa Catarina e ICMBIO
Foto: Pedro Castilho
Durante os dias 5 e 6 de junho, a equipe técnica do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) e coordenadora do PMP-BS pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) participa do curso de desencalhe de mamíferos marinhos na costa sul do Estado de Santa Catarina. O evento é organizado pela Área de Proteção Ambiental Federal da Baleia Franca (APABF/ICMBIO) em Imbituba, Santa Catarina.
O curso visa a revisão e organização do Protocolo de Encalhes e Enredamentos de Mamíferos Marinhos da APABF para o atendimento em toda a extensão desta Unidade de Conservação, bem como padronizar as ações com as instituições parceiras que atuam em Santa Catarina e em outras regiões.
Da equipe PMP-BS/UFPR participam do treinamento e simulado a coordenadora Camila Domit, o responsável técnico veterinário e especialista em reabilitação de animais marinhos Fábio Lima e a gerente do projeto Liana Rosa.
Para a coordenadora Domit, a participação do laboratório no evento é essencial para revisão de protocolos e fortalecimento da equipe que deverá regionalizar os procedimentos e organizar as estratégias para o plano de atendimento no Paraná. “Nossa equipe conta com boa experiência nestes atendimentos, mas o treinamento nos permite atualizar procedimentos e retornar ao Paraná para atualizar e colocar em prática o protocolo regional”, comenta.
As principais causas de encalhes de animais marinhos estão associadas a fatores naturais ou devido à ação humana como o enredamento em artes de pesca, colisões com embarcações e poluição. Ao encontrar animais marinhos debilitados ou mortos nas praias paranaenses é possível acionar a equipe do PMP-BS/Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR pelo 0800 642 33 41 ou pelo whatsapp (41) 9 92138746.
PROTOCOLO PARANAENSE DE ATENDIMENTOS
O Paraná conta com o PRAE - Protocolo de Atendimento a Encalhes de Animais Marinhos no Litoral do Paraná - que integra e organiza as ações de diversas instituições para atuarem em rede, trabalhando de forma coletiva para atender a fauna marinha no estado desde 2018.
São prefeituras, instituições públicas e privadas, além de algumas do terceiro setor que compõem a rede. A iniciativa foi da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), do Instituto Água e Terra (IAT) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Esse documento traz as responsabilidades de todos os órgãos governamentais do estado do Paraná com relação ao atendimento de encalhe. O PRAE é um guia para os casos de encalhe, abordando os papéis das instituições desde a avaliação de animais vivos ou mortos que encalham na praia até o encaminhamento deles para reabilitação com atendimento médico veterinário, ou mesmo a destinação das carcaças.
O médico veterinário do PMP-BS/UFPR, Fábio Lima, destaca a importância do PRAE e completa que o curso agregará na atuação da rede de encalhes paranaense. “Após este treinamento será importante atualizar a equipe local e garantir efetividade para os atendimentos futuros”, comenta o veterinário.
SOBRE O PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O LEC/UFPR monitora o Trecho 6 (Paraná), compreendido entre os municípios de Guaratuba e Guaraqueçaba.
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